O Infarmed garante que a esmagadora a maioria dos medicamentos em rutura nas farmácias portuguesas “tem alternativas disponíveis na mesma substância ativa”.
A resposta da Autoridade do Medicamento surge depois de o Jornal de Notícias ter avançado que haverá mais de 850 medicamentos em falta nas farmácias e que, desses, 30 não têm substituição terapêutica em Portugal.
No comunicado enviado às redações, o Infarmed refuta esse dado, assegurando que a situação estará a ter um “um impacto baixo na saúde dos doentes”.
No entanto, esta é uma situação que deixa preocupado o bastonário da Ordem dos Médicos.
Miguel Guimarães reconhece que a rutura de medicamentos está a levar os médicos a optarem por outros tratamentos para os doentes.
"Uma coisa é não haver a possibilidade de quem produz, produzir mais a nível internacional. Outra coisa é tentar perceber que um medicamento está a ser utilizado com mais frequência do que aquilo que era previsível", diz o bastonário, em declarações à Renascença.
Miguel Guimarães considera, por isso, ser "importante que quem tem a missão de monitorizar a utilização de medicamentos tenha uma atitude mais proativa na prevenção e a monitorização efetiva do que está a acontecer, para poder, atempadamente, corrigir o que é preciso corrigir".
Um dos medicamentos em falta nas farmácias é o Ozempic, indicado para o tratamento da diabetes tipo 2.
No entanto, está a ser usado para a redução de peso, situação que estará na origem da rutura de stock.