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Uma semana depois da Pfizer, o anúncio dos resultados da vacina contra a Covid-19 pela farmacêutica Moderna, esta segunda-feira, traz "momentos de grande otimismo", diz à Renascença o especialista em vacinas Luís Graça.
Para este imunologista da Faculdade de Medicina de Lisboa, o anúncio “é uma luz ao fundo do túnel e, ao contrário do que acontecia em março ou abril, em que não sabíamos por quanto tempo esta situação se ia arrastar, agora já conseguimos olhar para o futuro e ver que, no espaço de alguns meses, a situação pode normalizar-se”.
“A chegada da vacina ao mercado vai ser faseada ao longo do próximo ano, porque não é possível fornecer a todas as pessoas ao mesmo tempo”, acrescenta Luis Graça, que considera o anúncio, ainda assim, “suficiente para estarmos otimistas”.
De acordo com o comunicado da farmacêutica Moderna, após testes com mais de 30 mil participantes nesta terceira fase de ensaios clínicos, a vacina revelou uma eficácia de quase 95%.
“Os estudos são animadores”, concede Luís Graça, que no entanto reforça a importância de “esperar pelas garantias de segurança não só desta vacina da Moderna, como das outras farmacêuticas, porque dependem do número suficiente de pessoas testadas”.
“A rapidez na produção de vacinas é impressionante”, admite o imunologista, mas “já chega tarde para milhares de pessoas” e continua a ser “muito importante que, até chegar a vacina, se previnam as cadeias de contágio”, alerta.