Von der Leyen garante que as vacinas são eficazes na proteção contra a doença e dá o exemplo de Portugal. "Se olharmos para países como Portugal ou Espanha, por exemplo, nos quais 80% a 90% dos adultos foram vacinados, o risco de morrer de Covid-19 durante as primeiras duas semanas de novembro era 30 vezes menor do que nos países com as mais baixas taxas de vacinação".
Um estudo divulgado ontem pela OMS e o Centro Europeu para Prevenção de Doenças diz que a vacinação evitou em menos de um ano a morte de quase meio milhão de pessoas com mais de 60 anos, num conjunto de 32 países europeus.
Acelerar a vacinação é ainda mais urgente porque existem “enormes disparidades” entre Estados-membros. Ursula von der Leyen lembra que 25% dos adultos na Europa ainda não estão completamente vacinados. "Temos que convencer mais pessoas a vacinarem-se. 1/4 dos adultos na União Europeia ainda não estão completamente vacinados. Se você não estiver vacinado corre um risco maior de ter sintomas severos de Covid… ao vacinar-se está proteger-se a si e a proteger os outros".
Seguindo a recomendação do Centro para Prevenção de Doenças, a presidente da Comissão defende que todos os adultos devem receber uma dose de reforço e garante que a Europa tem vacinas suficientes.
Também esta semana, e para assegurar a coordenação entre os 27, Bruxelas actualizou as recomendações em relação às viagens dentro da União Europeia no contexto de pandemia. As pessoas vacinadas não devem ser submetidas a quarentena ou testes, defende o comissário da Justiça Didier Reynders. "Os detentores de um certificado da União Europeia não deverão ser submetidos a restrições de viagem adicionais, como testes ou quarentena, por exemplo. Não importa de onde venham dentro da União Europeia".
E os que não tiverem um certificado da UE deverão poder viajar também, mas poderão ter que fazer um teste antes ou depois da chegada.