Governo e sindicatos acordaram incluir a grelha salarial dos médicos do Serviço Nacional de Saúde nas negociações entre as duas partes que agora se vão iniciar, anunciou uma das estruturas sindicais representativas desses profissionais de saúde.
"Após cedências bilaterais que são necessárias nestes processos negociais, podemos dizer que estamos em condições de iniciar este processo negocial, com o acordo sobre o protocolo" que estabelece os temas que serão alvo de negociação, adiantou o presidente da Federação Nacional do Médicos (FNAM).
Noel Carilho adiantou que, para além dos temas que já estavam previstos, como a dedicação plena, a valorização do trabalho em serviço de urgência e a regulamentação da organização do trabalho médico, a reunião permitiu assegurar "também o compromisso da grelha salarial dos médicos" nas negociações que agora se vão iniciar.
"Isso foi acordado e temos uma abertura para desenvolver um processo negocial com sucesso, que apenas agora se inicia", adiantou Noel Carrilho, para quem o acordo hoje alcançado pode ser um "bom sinal" para atrair mais médicos para o Serviço Nacional de Saúde.
O responsável garantiu que os sindicatos dos médicos continuarão o seu trabalho no sentido de atrair os médicos para o SNS, e disse que é preciso que "haja iniciativa e celeridade do Governo" para resolver o problema da falta de médicos no SNS.
Ainda assim, Jorge Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), avisa que a falta de clínicos vai continuar a provocar constrangimentos no serviço publico de saúde, independentemente da época do ano.