Os Estados Unidos deram ordens às famílias de todos os funcionários norte-americanos da embaixada para que abandonem a Ucrânia, pois a situação na fronteira pode degradar-se rapidamente.
O Departamento de Estado adianta que a embaixada em Kiev permanecerá aberta e sublinham que anúncio não constitui “uma evacuação”. O mesmo comunicado especifica que a medida estava a ser equacionada há algum tempo e “não reflete uma flexibilização do apoio dos EUA à Ucrânia”.
Os motivos que estão na base deste anúncio relacionam-se com as suspeitas de que a Rússia estará a preparar uma ação militar “significativa” contra a Ucrânia.
A embaixada norte-americana, em Kiev, emitiu uma nota onde sustenta: “Uma ação militar da Rússia pode acontecer a qualquer momento".
A Ucrânia já tinha alertado que a Rússia está a tentar desestabilizar o país, antes de levar a cabo qualquer invasão militar. Moscovo tem negado quaisquer intenções nesse sentido.
Bruxelas discute tensão entre Rússia e Ucrânia
À procura de uma resposta conjunta entre a União Europeia e os Estados Unidos, esta segunda-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 discutem o conflito entre Ucrânia e Rússia, num Conselho, em Bruxelas, no qual participará por videoconferência o chefe da diplomacia norte-americana, Anthony Blinken.
Ao longo da última semana, enquanto prosseguiram as negociações entre Washington e Moscovo em torno das exigências russas para não atacar a Ucrânia, que considera uma ameaça à sua segurança nacional, a União Europeia insistiu que qualquer nova agressão militar russa contra a integridade territorial e soberania da Ucrânia terá um preço elevado, acenando com a ameaça de "sanções económicas e financeiras maciças".
Fontes diplomáticas indicaram que os 27 não deverão, todavia, discutir "sanções específicas" contra Moscovo, embora o Conselho deva reafirmar de forma clara que está preparado para responder a qualquer ataque da Rússia, que Washington continua a apontar como provável.
O Presidente russo, Vladimir Putin, já fez saber que quer garantias imediatas de que não haverá expansão da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) até à Ucrânia.
Entretanto, a NATO vem alertar para o risco de um novo conflito na Europa depois que cerca de 100.000 soldados russos terem sido deslocados para a fronteira com a Ucrânia.