O ministro da Educação garantiu esta quarta-feira que o próximo ano letivo tem tudo para arrancar sem sobressaltos.
À entrada para um encontro, em Coimbra, com administradores escolares, João Costa disse que tudo está a ser preparado atempadamente.
“É um ano que está a ser preparado a tempo, por isso mesmo, vamos permitir que as escolas encerrem durante uma semana no mês de agosto, também para as direções terem um tempo de repouso”, disse o ministro.
O governante adiantou ainda aos jornalistas algumas das medidas que irá apresentar aos administradores das escolas com quem já se encontra reunido.
“Vamos também nesta reunião anunciar algo que é muito pretendido pelos professores, que é um primeiro conjunto de 20 medidas para a redução da burocracia nas escolas, apresentar o plano de recuperação das aprendizagens para 2024 - ele era suposto acabar este ano e entendemos que era importante prolongar, aquelas medidas que as escolas ao longo da monitorização que fomos fazendo identificaram como as mais importantes”, antecipou.
Já esta manhã, em declarações à Renascença, Filinto Lima, da Associação Nacional de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), tinha alertado que o plano de recuperação das aprendizagens pode ficar em risco se forem reduzidos ou eliminados os reforços de créditos horários - o mecanismo que permite a contratação de professores.
Nestas declarações Filinto Lima subscreveu o apelo do Conselho de Escolas, que pediu um reforço extraordinário de docentes, para garantir as condições mínimas de funcionamento no próximo ano letivo.
Na visão do responsável, “se o crédito horário que nos foi atribuído nestes dois últimos anos diminuir, com certeza que o plano de recuperação das aprendizagens poderá ser prejudicado”.
O plano de recuperação das aprendizagens 21/23 foi aprovado pelo Governo em resposta à pandemia da Covid-19, tendo reforçado as escolas com 3.300 docentes e 1.169 técnicos especializados.