O apoio ao carregamento de veículos elétricos vai diminuir a partir de 1 de janeiro de 2023. A medida está contida no despacho assinado pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, publicado esta terça-feira em Diário da República.

O apoio, que se traduz “num desconto aplicável ao custo de cada carregamento registado na rede de mobilidade elétrica nacional”, passa de 0,2614 euros em 2022, para o valor de 0,1902 euros no próximo ano.

No diploma, o ministro Duarte Cordeiro lembra que o setor da mobilidade elétrica “é um setor emergente, ainda de reduzida dimensão”, mas “determinante para Portugal atingir os objetivos a que se vinculou”, ainda que a “instabilidade a que se assiste nos preços do setor elétrico pode comprometer a transição para uma mobilidade mais sustentável”.

Assim, “na atual conjuntura de evolução da tarifa de energia no setor elétrico, importa manter alguma estabilidade nos preços de carregamento na rede de mobilidade elétrica nacional, através de um apoio aos utilizadores de veículos elétricos que ajude a promover a adoção deste tipo de veículos”, argumenta o governante.

A descida de 0,0712 euros do apoio ao carregamento de veículos elétricos vai ao encontro da redução dos preços das tarifas de mobilidade elétrica de 12% para o próximo ano, face a 2022, aprovada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

De acordo com os dados divulgados pela ERSE, em 2021, a rede de mobilidade elétrica permitiu a realização de mais de 1,38 milhões de carregamentos, num total de 4.959 pontos de carregamento.

As previsões para 2023 apontam para que a rede de mobilidade elétrica atinja os 3,67 milhões de carregamentos, aumentando 57% face à estimativa de 2,34 milhões de carregamentos para este ano.