O primeiro-ministro, António Costa, elogiou esta quinta-feira o papel dos militares portugueses em missão na Roménia.
António Costa falava durante uma visita à Base Militar de Caracal, na Roménia, onde se encontram em missão mais de duas centenas de militares portugueses no âmbito da NATO.
Num discurso ao início da tarde, o primeiro-ministro realçou a natureza "defensiva" da NATO e destacou o princípio da Aliança Atlântica, segundo o qual um ataque a um Estado-membro é considerado "um ataque contra todos".
“A NATO é uma aliança defensiva, não busca a guerra e procura a paz. A vossa missão aqui é o garantir o respeito pelo Direito Internacional, de assegurar a soberania de cada um dos Estados-membros da NATO, a sua integridade territorial, contribuírem para que a paz se mantenha no território da NATO e chegue, tão cedo quanto possível, ao território masterizado da Ucrânia invadida pela Rússia”, disse António Costa.
O chefe do Governo agradeceu aos militares a missão de dissuasão que desenvolvem na Roménia, deixando também uma palavra às famílias, dizendo saber que, “ao verem na televisão as brutais imagens da guerra na Ucrânia, sofrem com maior ansiedade” face à missão que as tropas nacionais têm na Roménia.
Costa reage a expulsão "sem motivo" de diplomatas
A expulsão de diplomatas portugueses pela Rússia foi uma decisão sem motivo, afirmou esta quinta-feira o primeiro-ministro.
António Costa reagiu à notícia de que as autoridades de Moscovo expulsaram cinco diplomatas portugueses em retaliação contra uma medida idêntica de Portugal.
“O único facto relevante é que dez diplomatas russos, que desempenhavam funções incompatíveis com o seu estatuto diplomático, nós expulsámos em devido tempo e hoje a Rússia entendeu que devia retaliar sem motivo”, declarou o primeiro-ministro.
“A única coisa relevante é que Portugal agiu como devia agir relativamente a dez pessoas que estavam em Lisboa, acreditadas como diplomatas, mas que desenvolviam outras atividades que não eram atividades diplomáticas”, sublinhou António Costa.
O chefe do Governo considera que, apesar dos últimos acontecimentos, é preciso continuar a manter canais diplomáticos abertos com a Rússia.