O Turismo de Portugal, o Turismo do Algarve e a ADENE - Agência para a Energia lançaram esta segunda-feira o selo “Save Water”, uma iniciativa com o objetivo de incentivar empreendimentos turísticos a adotarem medidas que levem à poupança no consumo de água.
Ao todo, são 60 as medidas para a eficiência hídrica no setor do turismo da região do Algarve. Algumas delas são classificadas como prioritárias e de aplicação imediata, como a suspensão do funcionamento de lagos e fontes ornamentais, a redução da rega dos espaços verdes ou a colocação de torneiras e chuveiros com caudais reduzidos.
Outras são estruturais, como o armazenamento de águas pluviais, a utilização de máquinas de lavar com maior eficiência no uso da água ou a implementação de sistemas de rega gota a gota. As medidas não são obrigatórias, mas os empreendimentos que apliquem 30, recebem o selo “Save Water”. André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, acredita na adesão à iniciativa, apresentada esta segunda-feira.
“Acho que vai haver uma adesão massiva por parte das unidades de alojamento turístico da região. O facto é que vemos todos os dias empreendimentos já a aplicar muitas destas medidas”, afirma à Renascença.
O Turismo de Portugal vai financiar, a fundo perdido, os empreendimentos que apliquem as medidas. E mesmo aqueles que já o fizeram podem reclamar as verbas gastas, desde que o tenham feito já em 2024. O objetivo estabelecido pelo Governo é atingir uma redução de 15% no consumo de água.
Paralelamente, vai decorrer uma campanha de sensibilização dos turistas para a necessidade de poupar água. Uma campanha que, defende o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, não vai afetar a procura pelo Algarve.
“O Algarve continuará a ser sempre um destino atrativo, de grande procura, de referência à escala internacional. Foi recentemente considerado o melhor destino de praia da Europa e o que estamos a fazer é trabalhar precisamente para gerar mais e melhor atratividade à oferta turística do Algarve”, sublinha.
Para outras empresas também ligadas ao turismo mas que não sejam unidades hoteleiras, como restaurantes, bares ou mesmo rent-a-cars, que queiram implementar medidas para a redução de consumo de água, foi criada uma linha de financiamento, com base em empréstimos bancários, com um prémio de desempenho que pode chegar aos 30% do valor do empréstimo.