A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) recebeu 31.421 reclamações e pedidos de informação em 2018, um acréscimo de 26% em relação ao ano anterior. O setor elétrico lidera com 59% das reclamações.
Em comunicado, o regulador da energia informa que em 2018 "o setor mais reclamado foi o da eletricidade e dentro do universo das reclamações os temas que se destacam são os relativos à faturação (10.534) e ao contrato de fornecimento de energia (3.217)".
No ano passado, a ERSE recebeu 31.421 reclamações e pedidos de informação em 2018, dos quais quase metade (14.495) chegaram através do Livro de Reclamações Eletrónico, disponibilizado desde 1 de julho de 2017 para os serviços públicos essenciais.
Segundo o organismo liderado por Cristina Portugal, "este aumento de 26% face a 2017 deve-se em muito ao facto de a ERSE ter passado a deter competências na área dos combustíveis, mas também porque o Livro de Reclamações Eletrónico introduz um mecanismo automático de notificação e registo ao regulador das reclamações dirigidas aos comercializadores do setor energético, as quais grande parte das vezes não requerem, direta ou indiretamente, a intervenção da ERSE".
O setor mais reclamado em 2018 foi o elétrico (59%), com 18.388 reclamações e pedidos de informação, num universo de cerca de 6,2 milhões de consumidores.
Já o gás natural registou 2.342 reclamações e pedidos de informação (7%), num total de 1,3 milhões de consumidores.
O fornecimento dual (eletricidade e gás natural) motivou a apresentação de 5.949 reclamações e pedidos de informação (19%) e o subsetor dos combustíveis e do gás de petróleo liquefeito (GPL) registou 3.350 reclamações e pedidos de informação (11%).