As autoridades francesas realizaram, na terça-feira, buscas à sede do partido do presidente francês, Emmanuel Macron, além dos escritórios da consultora norte-americana McKinsey em Paris, no âmbito de um processo em que são investigadas as relações entre ambos, foi hoje noticiado.
Segundo o Le Parisien, as suspeitas tiveram origem num inquérito do Senado francês, que concluiu este ano que a despesa pública com empresas de consultoria mais do que duplicou durante o primeiro mandato de Macron, entre 2018 e 2021.
O partido de Macron, o Renaissance, confirmou as buscas à agência AFP. “É normal que o poder judicial investigue de maneira livre e independente para que tudo seja averiguado acerca do assunto”, indicou o porta-voz, Loic Signor.
A própria consultora acrescentou que estão em curso, desde outubro, dois inquéritos acerca do caso, estando em causa alegadas falsificações na contabilidade da campanha eleitoral.
No caso conhecido como o McKinseygate, vários funcionários da McKinsey terão trabalhado como voluntários na campanha de Macron, em 2017, além de suspeitas de que o partido do presidente francês terá favorecido a consultora em contratos públicos depois da eleição.