A Câmara de Lisboa aprovou o lançamento de um concurso para reabilitar a Segunda Circular, obra que já não começa em Junho como previsto e que será complementada com outras intervenções, segundo o presidente da autarquia.
"Junho foi a nossa data inicial apontada quando o processo se iniciou em Dezembro. Agora, os prazos foram reajustados em função do processo de consulta pública", afirmou Fernando Medina, escusando-se, contudo, a apontar prazos para iniciar os trabalhos, que devem terminar "no início de 2017".
Falando à Lusa no final da reunião pública desta quarta-feira, na qual se aprovou com os votos contra do CDS e PSD e favoráveis do PS, PCP e Cidadãos por Lisboa a abertura de um concurso internacional de 12 milhões de euros para reabilitar em oito meses o troço da Segunda Circular entre o nó da Buraca e o Aeroporto, o autarca frisou que esta é uma "proposta que está mais sólida" após debate público.
Para Fernando Medina, este foi um "tempo ganho do ponto de vista da solução e da consensualização da proposta", que visa aumentar a segurança rodoviária, a fluidez do trânsito e a qualidade ambiental.
"Estou satisfeito com esta decisão de hoje porque vamos avançar com a obra da Segunda Circular", vincou, garantindo que a proposta "mantém na íntegra as características fundamentais", como a arborização (com cerca de 500 freixos) e ampliação do separador central, repavimentação, renovação da sinalética, iluminação e drenagem, criação de um sistema de retenção de veículos, introdução de guardas de segurança e a criação de zonas de transição nos acessos.
O responsável lembrou, contudo, que este "é um projecto muito vasto", que "vai ter de ser complementado com outras intervenções, algumas da responsabilidade da Câmara, outras da responsabilidade de administração central".
"É neste processo que depois iremos trabalhar", acrescentou, aludindo à articulação com o Governo para a "resolução dos nós principais de ligação" à CRIL, pelo IC19 e pela A1.
Só após os trabalhos na via é que será feita a montagem de barreiras acústicas e a plantação de milhares de árvores na envolvente (em terrenos privados), adiantou Fernando Medina.
"Este é um projecto que se vai desenvolver ao longo de alguns anos", admitiu.