O líder social-democrata, Luís Montenegro, antecipou hoje que o PSD irá apresentar propostas para atenuar o impacto da subida das taxas de juro do crédito à habitação.
“Nós teremos também um contributo a dar nesse domínio", disse o presidente do PSD, indicando como possibilidades as moratórias, dedução do montante de juros em sede de IRS ou alguns benefícios fiscais associados aos créditos à habitação.
Luís Montenegro defendeu que “o Estado tem a responsabilidade de não deixar os jovens casais para trás e com uma dificuldade acrescida nas suas vidas, fruto da circunstância do aumento, agora também, rápido das taxas de juro”.
O presidente do PSD falava aos jornalistas em Tabuaço, no distrito de Viseu, no segundo dia do programa “Sentir Portugal”, após um almoço com empresários da área do turismo.
“Nós estamos a estudar respostas que no mercado da habitação devem ser integradas numa política global que favoreça o arrendamento, por um lado, e favoreça também a capacidade de as famílias poderem pagar hoje os acréscimos que os aumentos das taxas de juro vêm trazer aos créditos de habitação”, adiantou..
Na opinião de Luís Montenegro, o país precisa “de uma resposta dos poderes públicos” à questão do aumento das taxas de juro, pelo que “no âmbito do próximo Orçamento do Estado esse será um dos assuntos mais prementes”.
“A perspetiva de juntarmos a este processo de inflação galopante o aumento das taxas de juro faz com que, para além dos bens essenciais da alimentação, da energia, do gás, dos combustíveis, os preços também da prestação do crédito à habitação para quem recorreu a ele e, normalmente, são jovens casais, eu penso que vai crescer muito nos próximos meses e isso vai dificultar ainda mais a vida de quem tem baixos salários e de quem tem hoje um custo de vida muito mais elevado”, sustentou.
O primeiro-ministro, António Costa, na segunda-feira, em entrevista à TVI/CNN Portugal, que “é provável” que venha a haver apoios para ajudar as famílias que têm créditos à habitação face à subida dos juros.
Costa considerou, no entanto, ser necessário aguardar para ver se “as partes encontram soluções”, que podem passar por moratórias, renegociação de créditos ou até voltar a permitir a dedução em sede de IRS