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O líder da coligação “Somos Madeira” PSD-CDS, Miguel Albuquerque, garante que tem “condições para apresentar um governo de maioria parlamentar” e que “até ao fim desta semana” vai apresentar esse “governo estável”.
No discurso de vitória, Miguel Albuquerque lembra que PSD e CDS ganharam “em todos os concelhos da Madeira e 52 das 54 freguesias. Se isto não é ganhar umas eleições, não sei o que é”.
O atual presidente do governo regional da Madeira deixou ainda uma garantia: “Dessa [futura] coligação está excluído o Chega”.
Albuquerque aproveitou para deixar uma alfinetada ao maior partido da oposição no arquipélago: “Acho anedótico que o PS regional venha exigir a minha demissão quando perdeu uma hecatombe de deputados. Deve estar a brincar connosco”.
Depois um esclarecimento que repete o que disse em campanha: “Demito-me se não conseguir um governo de maioria na Madeira”, sem avançar, para já, qual é ou com quem é essa solução.
Esta foi “uma das votações mais significativas e importantes da minha carreira”, refere Miguel Albuquerque, porque significa que este governo “governou para todos, não discriminando nenhum concelho e nenhuma freguesia”.
A coligação PSD-CDS conseguiu 43,13% dos votos e 23 deputados, à beira da maioria absoluta na Madeira. De recordar que, por exemplo, o PS perdeu oito deputados.
Miguel Albuquerque garantiu, em entrevista à Renascença, que não faria coligações com o Chega e avisou que se demitiria se não alcançasse a maioria absoluta nas eleições regionais na Madeira.
“Se não alcançar a maioria absoluta e não conseguir formar governo demito-me, não tenho nenhum problema, não vou engolir sapos, nem vou fazer coligações com partidos anti-autonomistas”, garante o presidente do governo regional e recandidato do PSD.
O presidente do governo regional da Madeira sublinhou: “Se não ganhar as eleições, demito-me. A clareza é essencial para as pessoas perceberem. Não vou fazer entendimentos, portanto, ou votam nesta maioria e querem que se prossiga o caminho que temos seguido ou não votam nesta maioria. Se não votarem nesta maioria, vou-me embora”.
Entretanto, já este domingo à noite, o Iniciativa Liberal já abriu a porta a um entendimento com a coligação PSD-CDS na Madeira.
O cabeça de lista da IL, Nuno Morna, promete "não rejeitar o papel de sermos o adulto na sala".
"Não rejeitamos conversar. As nossas portas estarão sempre abertas. A nossa clareza será sempre a mesma", garantiu.
Mónica Freitas, deputada eleita pelo PAN, também deixa "portas abertas" a uma eventual entendimento com o PSD/CDS.