O emissário das Nações Unidas à Síria avisa que "o tempo está a acabar" para a zona oriental de Alepo, sector rebelde sujeito a constantes bombardeamentos por parte do regime sírio.
Depois de reuniões em Damasco, o emissário da ONU, Staffan de Mistura, confirmou igualmente que o regime sírio rejeitou uma proposta de tréguas que permitiria à oposição controlar a zona leste de Alepo.
Mistura expressou ainda a "indignação internacional" sobre os ataques a civis em Alepo.
O emissário das Nações Unidas esteve reunido com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria, que confirmou a rejeição de uma administração autónoma por parte dos rebeldes sobre os bairros que controlam em Alepo.
"Dissemos que rejeitamos completamente essa ideia", disse o ministro Walid Mouallem, que questionou: "Como é possível que a ONU venha para recompensar os terroristas?".
Este domingo pelo menos sete crianças morreram pelos tiros dos rebeldes em zonas de Alepo controladas pelo regime sírio.
No sábado, a conselheira norte-americana para a Segurança Nacional, Susan Rice, condenou os bombardeamentos que considerou "atrozes" que visaram hospitais em bairros tomados pelos rebeldes em Alepo, deixando um aviso a Damasco e Moscovo.
"Os Estados Unidos condenam fortemente os ataques terríveis contra instalações médicas e colaboradores de agências humanitárias. Não há desculpa para estes actos atrozes", declarou Rice, citada pela agência France Presse.