A antiga eurodeputada portuguesa Ana Gomes reage com satisfação à notícia da atribuição do prémio Nobel da Paz a Abiy Ahmed Ali, chefe do Governo da Etiópia.
"O prémio é um tremendo incentivo, não só para que o processo democrático vá por diante, mas também como um incentivo para se fazer a paz entre os vários povos da Etiópia", diz Ana Gomes, à Renascença.
Ana Gomes conhece a fundo a realidade da Etiópia, tendo lutado durante anos pela visibilidade do país em Bruxelas, onde criticou a falta de interesse das potências europeias na “sede da União Africana”.
A ex-deputada do Parlamento Europeu diz que percebeu em conversações com o primeiro-ministro da Etiópia que este “estava a trabalhar com elementos de oposição no exílio, essenciais para construir o processo democrático”.
A socialista, que é sempre recebida em festa, como verdadeira estrela, em terras etíopes, acredita que o país vai receber a notícia “com grande orgulho, porque, de facto, foi um passo extraordinário o que o Primeiro-Ministro deu”, referindo-se aos esforços para a reconciliação com a Eritreia.