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A Iniciativa Liberal criticou esta segunda-feira o Governo pela ausência de preparação do desconfinamento e de um plano para abrir as escolas, condenando que tenha havido menos testes à Covid-19 apesar da estratégia ser reforçar o rastreamento.
No final da 16.ª sessão para analisar a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, que junta especialistas, responsáveis políticos e parceiros sociais, o deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, considerou que esta “não foi uma boa reunião”.
“Voltamos a um esquema de oito apresentações, quase desenhado para que se perca o essencial da mensagem e parecia uma reunião preparada para não tomar decisões e para evitar discutir o desconfinamento”, criticou.
Na perspetiva do liberal, um dos aspetos mais graves tem a ver com as escolas já que, no decreto do estado de emergência em vigor, o Presidente da República “exige uma preparação atempada do regresso ao ensino presencial” e nada foi “dito nesta reunião que facilite a preparação desse plano”.
“Em segundo lugar, há 15 dias havia uma estratégia alternativa baseada em testes muito mais massivos e numa capacidade de reforçar o rastreamento. O que é que vimos nesta quinzena? Não só não houve mais testes como houve menos testes e não fiquei nada convencido que a capacidade de rastreamento tenha sido aumentada”, condenou.
Na perspetiva de João Cotrim Figueiredo continua a faltar “sentido de urgência por parte deste Governo e não se está a preparar o desconfinamento” nem se está a mudar a estratégia.
“O que podemos esperar é que o próximo desconfinamento tenha os mesmos resultados do último desconfinamento, que é voltarem a subir os casos. Não há de facto uma alteração de estratégia que nos permita encarar com mais otimismo aquilo que se pode preparar a partir de março”, lamentou.
Apesar de nesta reunião ter sido apresentado o RT, grau de transmissibilidade de infeção, “mais baixo desde o início da pandemia”, para os liberais estas notícias “não são boas porque não preparam o futuro”.
“Quando as apresentações parecem desenhadas para menosprezar a mortalidade excessiva que tivemos em janeiro ou para minimizar também os problemas de saúde mental, cujos sinais são cada vez mais evidentes nos próprios estudos que os especialistas apresentam, algo se está a passar”, concretizou.