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Macau realiza a partir desta segunda-feira novos testes à Covid-19 para toda a população, devido à deteção de mais um caso, seis dias depois de o território ter concluído outra ronda de testes em massa.
"Vamos arrancar com uma nova ronda de testes em massa, para concluir em três dias, ou, se possível, em 48 horas", informaram as autoridades sanitárias, durante a conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.
Os testes arrancam hoje a partir das 21h00 (14h00 em Lisboa), sendo possível fazer a marcação a partir das 17h00 locais (10h00 em Lisboa).
No total, serão disponibilizados 41 locais para testagem, informaram as autoridades.
O estado de emergência imediata, decretado no último surto, em 25 de setembro, continua em vigor, esclareceram ainda as autoridades sanitárias.
O anúncio surge poucas horas depois de ter sido detetado um novo caso, o 72.º no território desde o início da pandemia.
Trata-se de um trabalhador do interior da China, de 46 anos, que "efetua diariamente entradas e saídas entre Macau e Zhuhai", cidade chinesa vizinha do antigo território administrado por Portugal, mas que esteve alojado em três hotéis em Macau desde 26 de setembro, por causa das restrições fronteiriças decretadas no último surto, de acordo com um comunicado das autoridades.
Este novo caso obrigou ao cancelamento de medidas que iam ser implementadas esta segunda-feira, incluindo a possibilidade de deslocação para Zhuhai de pessoas inoculadas contra a Covid-19 e com um teste negativo nas últimas 48 horas.
As aulas, que deveriam recomeçar esta segunda-feira, depois de terem sido canceladas, após o último surto, também continuam suspensas.
A vacinação contra a Covid-19 também foi suspensa durante a realização dos testes.
Macau concluiu em 28 de setembro uma ronda de três dias de testes em massa à população, após ter detetado um viajante infetado proveniente da Turquia e vários casos conexos, tendo testado quase 690 mil pessoas, todas com resultado negativo.
Nessa altura, as autoridades detetaram mais sete casos, além do primeiro viajante diagnosticado: seis seguranças em hotéis onde se realizam quarentenas obrigatórias para quem chega ao território e mais uma viajante, proveniente de Hong Kong, que já estaria infetada.
Esta é a terceira vez que o território organiza testes em massa desde o início da pandemia. Em agosto, após a deteção de quatro casos da variante Delta do novo coronavírus, todos na mesma família, o Governo de Macau também decretou o "estado de emergência imediata" e testou toda a população.
Apesar de ter registado um reduzido número de casos e de não ter qualquer morte associada à doença, Macau tem uma taxa de vacinação que ronda apenas os 50%, a mais baixa da China, o que tem levado o Governo do território a apelar à população para que se vacine.
A resistência à vacina em Macau levou mesmo as autoridades sanitárias a anunciar que os trabalhadores do território, nos setores público ou privado, ficam obrigados a fazer um teste à Covid-19 a cada sete dias, caso não estejam vacinados.
Na semana passada, as autoridades anunciaram também que irão passar a exigir aos funcionários de todos os estabelecimentos de ensino e aos professores e alunos do ensino superior um certificado com pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19, ou, em alternativa, um teste de ácido nucleico semanal.
A Covid-19 provocou pelo menos 4.793.613 mortes em todo o mundo, entre mais de 234,5 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.993 pessoas e foram contabilizados 1.071.114 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.