Catarina Martins falava junto ao cais de embarque de Olhão para as ilhas barreiras e onde está localizado um do emissários, afirmando que a não ligação de esgotos à nova ETAR é "um dos exemplos da má política supostamente ambiental que tem sido seguida".
"Construiu-se uma ETAR nova para se fazer de conta que se resolvem os problemas da Ria Formosa, mas não se fez o saneamento básico para garantir que os esgotos vão para a ETAR, por isso continuamos a ter descargas na Ria", acusou.
Para a deputada, as descargas põem em causa o "equilíbrio da biodiversidade" de toda a paisagem que é "protegida" a nível nacional e europeu e também a "atividade económica de muitas famílias" de mariscadores que "dependem da apanha de bivalves", que "tantas vezes" fica interdita porque a qualidade da água "não permite que sejam apanhados".
Dando como exemplo este caso em Olhão, Catarina Martins sublinhou que o saneamento básico "já não deveria ser um tema nas eleições autárquicas" em pleno século XXI mas realçou que este assunto "é ainda uma necessidade a que as autarquias não responderam".
A líder bloquista sustentou que é preciso "olhar para esta realidade triste e absurda" que é a "falta saneamento básico no país", defendendo que é "fundamental" construir infraestruturas básicas de proteção do ambiente e da saúde pública.
Num discurso que já olha para eleições autárquicas de 26 de setembro considerou fundamental que "se dê força" ao projeto ambiental, de proteção do país e de todo o seu território, que "compreende" os desafios ambiental que estão pela frente e que "não esquece" que ele tem de "pensar nas pessoas e na qualidade da sua vida".
O BE realiza desde quinta-feira comícios e ações em várias localidades algarvias e para segunda-feira está marcado o último comício no Algarve no Largo do Casino, Avenida Infante D. Henrique Algarve em Monte Gordo às 21:30.
Nestas visitas, a coordenadora nacional do BE é acompanhada pelos candidatos locais bloquistas, concorrentes às eleições autárquicas de 26 de setembro.