Os diretores das escolas não sabem como operacionalizar a compra de novos computadores para os estabelecimentos de ensino.
Esta segunda-feira, o "Jornal de Notícias" conta que o Governo aprovou em Conselho de Ministros uma autorização de 6,5 milhões de euros em despesa para as escolas adquirirem novos equipamentos.
Em declarações à Renascença, Filinto Lima - da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas - acusa o Ministério da Educação de querer transferir para as escolas a "enorme responsabilidade" da realização das provas em modo digital já neste ano letivo.
"Até ao momento não temos instruções da parte da tutela para a aquisição de computadores. Não sabemos em que condições", refere.
E o responsável tem "sérias dúvidas de que esta medida seja exequível nas próximas semanas de forma a todos os alunos tenham material digital para que as provas sejam realizadas neste modelo".
Já a a Associação Nacional de Diretores Escolares também diz que não recebeu qualquer indicação sobre a compra de mais computadores.
O presidente da associação, Manuel Pereira, refere, à Renascença, que, se isso for verdade, não irá resolver o problema das provas de aferição.
"O maior problema continuará a ser o mesmo. As escolas não têm recursos humanos para dar resposta às muitas dificuldades que o uso dos computadores implicam para as crianças mais novas", indica.
"Os agrupamentos e as escolas, genericamente, não têm recursos para acompanhar os alundos durante as provas", acrescenta, ainda, Manuel Pereira.