O ex-chefe de gabinete de Pedro Nuno Santos, ao tempo em que este era secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, esclarece que as buscas de que foi alvo esta terça-feira – no âmbito de um processo por tráfico de influências e corrupção – dizem respeito a denúncias “que tinham já circulado pelas redes sociais em 2018” e que, “por serem falsas, logo nessa altura intentei um processo crime por difamação contra o autor das mesmas”.
Em causa está uma denúncia anónima feita em 2016 relacionada com contratações destinadas à inspeção de elevadores com sete entidades públicas.
Em comunicado, Nuno Araújo confirma que a empresa da qual é um dos sócios “tem entre as suas atividades a fiscalização de elevadores, trabalho que realizava antes de eu assumir as funções de chefe de gabinete de um membro do Governo”.
No entanto, o antigo chefe de gabinete de Pedro Nuno Santos assegura que, à data em que assumiu funções no Governo, renunciou, “de imediato, à gerência da EQS CERT, LDA”, acrescentando que “não houve qualquer intervenção” sua nos contratos subsequentes que a empresa realizou.
Esta terça-feira a Polícia Judiciária realizou 10 buscas em Penafiel e Guimarães por suspeitas de tráfico de influências e corrupção, sendo um dos visados Nuno Araújo, antigo chefe de gabinete de Pedro Nuno Santos, quando o atual ministro das Infraestruturas e da Habitação era secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.