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A vacina Coronavac para a Covid-19, desenvolvida pela China Sinovac, teve uma “eficácia geral” de 50,4% na última fase de ensaios clínicos realizados no Brasil, um valor muito inferior aos dados avançados inicialmente.
A informação avançada esta terça-feira pelo Instituto Butantan, de São Paulo, significa que o fármaco fica aquém dos 78% anunciados em dados preliminares revelados na semana passada pelo governador do estado, João Doria.
Com uma eficácia de 50,4% a Coronavac passa por pouco nos critérios de aprovação do regulador brasileiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que exige um mínimo de 50%.
O diretor clínico do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, explica que os novos números incluem infeções por Covid-19 consideradas “muito ligeiras”, que não necessitam de assistência hospitalar.
O Instituto Butantan explica que o desenho do ensaio clínico brasileiro, centrado em profissionais de saúde na linha da frente e incluindo voluntários idosos, torna impossível comparar resultados com outros ensaios ou vacinas.
A divulgação destes dados foi adiada por três vezes, devido a cláusulas de confidencialidade no contrato com a farmacêutica chinesa Sinovac.
A Coronavac é uma das duas vacinas que o Governo brasileiro tem em linha para iniciar o processo de imunização da população, no país que atingiu as 200 mil mortes por Covid-19 na semana passada.
Os dados agora conhecidos da taxa de eficácia não são uma boa notícia, quando comparados, por exemplo, com os 95% da vacina criada pelo consórcio Pfizer/BioNTech ou da Moderna.
No mês passado, investigadores turcos anunciaram que a vacina chinesa atingiu uma eficácia de 91,25% numa análise provisória.
Já a Indonésia aprovou a Coronavac na segunda-feira, baseada em dados provisórios que apontam para uma taxa de sucesso de 65%.