O presidente do Chega, André Ventura, pede a demissão do porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Anastácio.
Em causa está o afastamento de um membro de uma mesa de voto, que terá dito, através da rede social X, que iria anular os votos da Aliança Democrática e do Chega. No sábado à noite André Ventura trouxe o caso a público em declarações aos jornalistas, mas a CNE garantiu à Lusa que desconhecia essas denúncias.
Por isso, André Ventura acusa Fernando Anastácio de ter mentido e pede que abandone as suas funções: "Se não quer que em Portugal se lancem dúvidas sobre o processo eleitoral, só tem uma coisa a fazer, é demitir-se por ter mentido aos portugueses", pediu o líder do Chega durante um discurso num jantar-comício do Chega em Portalegre.
Para sustentar, Ventura afirma que recebeu um mail dia 29 de fevereiro com uma denúncia que tinha sido também enviada à CNE. Ou seja, o líder do Chega sugere que já havia queixas relacionadas com este tema na altura que Fernando Anastácio garantiu o contrário.
Evitar acordar com Luís Montenegro no governo
No primeiro dia da última semana de campanha eleitoral, André Ventura apela à mobilização no dia 11 de março para evitar que o país acorde com o PS ou o PSD a formar governo.
Depois de dizer que "não queremos acordar no dia 11 com Pedro Nuno Santos como primeiro-ministro", André Ventura afirma que também "não era o melhor dos sonhos acordar com Luís Montenegro como primeiro-ministro".
O líder do Chega acredita evitar esses dois cenários "só está nas nossas mãos" e apela ao voto no dia 10 de março: "Saiam de casa e vão votar, não deixem ninguém decidir por vocês". Ventura aponta ao eleitorado jovem, onde tem tido sondagens favoráveis mas que é a classe que mais se abstém, para pedir alertar: "Não nos valerá de nada liderar nas sondagens se não formos votar.