O ministro da Defesa Nacional e o seu homólogo esloveno descreveram hoje a Rússia como “uma ameaça” e receitaram a “unidade da União Europeia” como “o melhor remédio” para resolver o problema.
“É evidente que o comportamento da Rússia constitui uma ameaça para a União Europeia (UE). A abordagem da Rússia enquadra-se no âmbito dos riscos para a UE”, declarou Gomes Cravinho, em conferência de imprensa conjunta com o esloveno Matej Tonin, após reunião informal de responsáveis pela Defesa dos 27, no Palácio Nacional de Queluz, Lisboa, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (PPUE).
A Rússia multiplicou nos últimos dias os exercícios no mar Negro e na Crimeia, anexada em 2014, com duas dezenas de navios, além da aviação e defesas antiaéreas. A medida foi denunciada como uma "escalada" por Washington e como "uma evolução altamente preocupante" pela União Europeia.
“Aquilo que Putin [Presidente russo] disse ontem ou hoje ou anteontem não foi objeto de reflexão. Sabemos, e cada vez melhor, o que esperar do lado do Presidente Putin. Não constitui nenhuma surpresa e faz parte dos nossos pressupostos sobre o mundo em que nos encontramos”, continuou o ministro português.
O responsável pela tutela do setor na Eslovénia, cujo país vai suceder a Portugal à frente do Conselho em 01 de julho, concordou com a classificação da Rússia como “ameaça”.
“Aquilo que a Rússia está a fazer e como se está a comportar é uma ameaça absoluta para a UE. A Rússia é nosso adversário, muito simplesmente. O único remédio que resulta para a Rússia é a unidade europeia. É o que pode resolver os problemas”, disse Tonin.