O ministro do Trabalho e Solidariedade disse que "o Governo não empurrou a Santa Casa para coisa nenhuma" e que o que houve foi uma "sugestão", tendo acrescentando que não há um valor definido para o eventual investimento no Montepio.
"Como disse o ex-provedor [da Santa Casa, Pedro Santana Lopes] nunca houve qualquer pressão, o Governo não empurrou a Santa Casa para coisa nenhuma, foi uma sugestão feita e bem aceite" de estudar essa possibilidade, disse Vieira da Silva, esta quarta-feira, perante os deputados da Comissão de Trabalho, afirmando que a SCML tem "autonomia de gestão" para decidir estes assuntos.
O governante recusou ainda que tenha sido pré-definido um valor de 200 milhões de euros para a SCML investir na Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), em troca de 10% do capital desta.
"Fala dos 200 milhões de euros. Alguém confirmou algum negócio e se é esse valor?", disse o ministro, em resposta ao deputado do CDS-PP Anacoreta Correia.
Vieira da Silva afirmou que não há qualquer informação sobre qual será o valor do eventual investimento, até porque estão ainda a ser feitos estudos de avaliação do Montepio pela SCML.
"Não tenho conhecimento do valor que possa vir a nascer de uma eventual associação entre estas duas instituições", declarou.
Já sobre notícias avançadas pela imprensa recentemente, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse que não tem informações que possam "confirmar ou desmentir" se o Montepio se tem recusado a dar dados para que a Santa Casa possa fazer a sua avaliação do banco, dizendo que essas questões têm de ser feitas ao Montepio.
Sobre se o eventual investimento da SCML no Montepio poderá constituir uma ajuda de estado (o que implica a avaliação da Comissão Europeia) o governante afirmou que isso não se colocou noutros investimentos da Santa Casa, mas que essa questão terá de ser avaliada no devido momento.
A Caixa Económica Montepio Geral é detida na totalidade pela Associação Mutualista Montepio Geral.