A bancada nascente do Estádio D. Afonso Henriques passou a a denominar-se Bancada Neno, anunciou o Vitória de Guimarães, da I Liga portuguesa de futebol, um ano depois da morte do antigo guarda-redes e dirigente.
Apesar do “vazio” deixado pela “perda irreparável” de Adelino Barros, conhecido como Neno no futebol, vítima de morte súbita a 10 de junho de 2021, os vitorianos entenderam, através de um discurso lido pelo seu diretor de comunicação, Nuno Teixeira, “imortalizar” o seu nome num lugar que via como “uma segunda casa”.
“O Estádio D. Afonso Henriques era, para Neno, uma segunda casa. Entendeu, por isso, esta administração imortalizar o seu nome neste estádio. A bancada Nascente passa justamente hoje a chamar-se Bancada Neno”, ouviu-se no interior do estádio, durante a cerimónia de homenagem promovida pelos vitorianos.
O Vitória de Guimarães vai ainda colocar à venda camisolas de guarda-redes com o nome de Neno, servindo as receitas para ajudar “causas sociais”, algo idealizado pela direção anterior, de Miguel Pinto Lisboa, que cessou funções em março de 2022, após ganhas as eleições pela lista de António Miguel Cardoso.
“Há este cariz social com a camisola do Neno. Honra seja feita à anterior direção, que já tinha esta iniciativa. Espero que o Vitória continue nestes momentos solidários. O Neno vai estar sempre connosco”, realçou o presidente vitoriano no seu discurso..
Já o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença, congratulou o emblema minhoto por “saber eternizar a marca e o terno sorriso de Neno”, a primeira pessoa que lhe ligou quando assumiu o cargo que ocupa, para lhe dar uma palavra de apoio e dizer que “estaria sempre ao seu lado”.
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, enalteceu o “espírito olímpico” com que Neno cumpriu a sua carreira de futebolista e a sua presença junto da comunidade de Guimarães, especialmente junto dos “mais frágeis”, a “cantar” com um “rosto de entusiasmo”.
Nascido em 27 de janeiro de 1962, na Cidade Velha, em Cabo Verde, Adelino Barros, conhecido como Neno, formou-se no Barreirense e representou depois o Vitória de Guimarães, como futebolista e dirigente, o Benfica e o Vitória de Setúbal, tendo contabilizado nove internacionalizações pela seleção de Portugal.