Na manhã de terça-feira, a Liga dos Bombeiros apresentou ao primeiro-ministro uma carta onde reiteram que as declarações do representante, Tiago Oliveira da AGIF, de que os bombeiros recebem em função da área ardida são falsas.
Em causa estão os gastos dos municípios e autarquias em Bombeiros e o facto de receberem em função da área ardida.
Na terça-feira, o Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, marcou presença nas celebrações do 156º aniversário do Comando Distrital do Porto da PSP.
O governante garantiu que Tiago Oliveira não teve qualquer intenção de ofensa nem para os autarcas nem os bombeiros, reconhecendo assim o papel crucial que tem no sistema de proteção civil.
Quando questionado diretamente sobre o pedido de demissão de Tiago Oliveira, o governante recusou o comentário.
Em altura critica de incêndios em Portugal, José Luís Carneiro defende que “é necessário investir mais na prevenção do que no combate porque efetivamente no combate, já está muito trabalho perdido”.
Explicou ainda que “Se queremos enfrentar sustentadamente o problema estrutural dos incêndios, há um trabalho que também tem vindo a ser feito, mas que demora muito a produzir resultados” apontando a reorganização da propriedade, a valorização das florestas e da consciência para enfrentar os incêndios.
O Ministro da Administração Interna produziu críticas sobre a avaliação dos incêndios em curso no país, nomeadamente no incendio em Odemira deflagrado desde sábado “Quando se determina uma situação de alerta tem de ser reunido um conjunto de critérios técnicos e de natureza operacional, não é uma questão de natureza subjetiva” acrescenta que é um cenário em constante avaliação em “função dos indicadores das condições climatéricas, atmosféricas, e por outro lado, em relação às circunstâncias” do momento.
José Luís Carneiro lembra que 2023 é o ano em que o país tem mais meios de combate a incêndios, particularmente aéreos“ é o ano em que temos maior número de recursos humanos, materiais, e aéreos”, salientou.
Segurança, toxicodependência e criminalidade exigem respostas multidisciplinares
Em declarações dadas à comunicação social nas celebrações do 156.º aniversário do Comando distrital do Porto, José Luis Carneiro reforça o empenho das autoridades policiais no trabalho de combate ao tráfico de droga no Porto. "A segurança não se esgota no trabalho das polícias", diz. "Estamos cientes de que, para enfrentar algumas questões como o problema da toxicodependência e da criminalidade associada, são necessárias respostas multidisciplinares e integradas, que envolvam instituições de saúde, de intervenção social e a componente de integração profissional e habitacional".
No primeiro semestre de 2023, o comando distrital do Porto deteve 500 pessoas no ambito de operações de combate ao tráfico de droga por vários bairros na cidade do Porto.
Paula Peneda, responsável pelo comando estima que foram apreendidas mais de um milhão de doses de estupefacientes.
[notícia atualizada às 14h09 de 9 de agosto de 2023]