A Confederação do Comércio e Serviços considera positiva a hipótese admitida pelo governo de alargar o lay-off simplificado para lá de 31 de julho, mas avisa, desde já, que a sobrevivência de muitos negócios só será possível se o regime de lay-off for alargado até ao final do ano.
De acordo com o semanário Expresso, o alargamento do lay-off deverá ser aprovado na próxima semana e baseia-se nos indicadores da economia que deverá cair mais do que o esperado, com vários setores a ficar aquém da retoma prevista.
"Achamos positivo que o Governo esteja a tentar encontrar medidas neste sentido. O Governo ainda não se comprometeu com nada até agora, esperamos é que o prolongamento não seja feito de modo complexo, com muitos escalões e coisas que tornem difícil a sua aplicação", afirmou João Vieira Lopes, Presidente da Confederação do Comércio e Serviços, em declarações à Renascença.
"O cenário mais provável, em setembro e outubro, será um cenário muito grave. O nível de retoma não é suficiente para garantir a viabilidade de um grande número de empresas no setor do comércio, serviços, restauração. Por uma questão de prudência propusemos até setembro, para avaliar, mas dificilmente haverá alguma recuperação significativa antes do fim do ano", prevê o responsável.