A Procuradoria-Geral da República vai pedir a extradição de Nero Saraiva, o jihadista português que está preso no Iraque há dois anos e que é suspeito de pertencer ao núcleo duro do autodesignado Estado Islâmico.
A notícia avançada pela revista Sábado foi agora confirmada à Renascença pelo gabinete de Lucília Gago.
O pedido de extradição será apresentado, por via diplomática, uma vez instruído e traduzido.
O ex-combatente do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh), Nero Saraiva, foi preso em 2019 pelas forças curdas na Síria e foi transferido no início do ano seguinte para uma prisão no Iraque.
No nosso país, Nero Saraiva foi acusado de vários crimes de terrorismo, em conjunto com a chamada ‘célula de Leyton’, formada por oito jiadistas portugueses. O seu processo acabou, no entanto, por ser separado no início do julgamento, em setembro de 2020, porque se encontrava preso no Iraque.
Do grupo, apenas Rómulo Costa e Cassimo Turé, foram condenados, a nove e a oito anos e seis meses de prisão, respetivamente, por crimes de apoio a organizações terroristas.