Os 11 álbuns de José Afonso, lançados originalmente entre 1968 e 1981, começam a ser reeditados em outubro deste ano, anunciou a editora Lusitanian Music, no dia em que o músico cumpriria o 92.º aniversário.
De acordo com a editora, o primeiro álbum a ser reeditado, “sob o novo selo Mais 5”, será “Cantares do Andarilho”, que estará disponível em formato CD e nas plataformas digitais em 1 de outubro.
Seguem-se “Contos Velhos Rumos Novos”, em 29 de outubro, e “Traz Outro Amigo Também”, em 26 de novembro. “Os LP (vinil) dos três álbuns serão editados a 26 de novembro em consequência dos atrasos globais no fabrico deste formato”, refere a editora.
Os três álbuns estão em pré-venda, no site das lojas FNAC, e “o próximo ciclo editorial continuará em 2022”.
O projeto de reedição das obras “prevê também uma sequência de edições de 'singles' nas plataformas digitais que irão anteceder a edição de cada álbum, de forma a divulgar as canções de José Afonso junto de novos públicos”.
Em abril deste ano, num comunicado enviado à agência Lusa, a família de José Afonso revelou, no 25 de Abril, o lançamento digital do ‘single’ “Coro da Primavera”, que marcava o regresso às edições discográficas da obra de José Afonso.
“A família de José Afonso decidiu, em parceria com a editora Lusitanian Music, avançar com a edição dos 11 álbuns de José Afonso originalmente editados entre 1968 e 1981, mas indisponíveis há vários anos, assumindo a importância cultural de disponibilizar esta música ao mundo”, lia-se no comunicado.
José Afonso lançou em 1968 o seu disco de estreia na editora Orfeu, de Arnaldo Trindade, sob o título “Cantares do Andarilho”, que incluía temas como “Natal dos Simples” e “Vejam Bem”.
José Afonso nasceu em 2 de agosto de 1929 em Aveiro e começou a cantar enquanto estudante em Coimbra, tendo gravado os primeiros discos no início dos anos 1950 com fados de Coimbra, pela editora Alvorada, “dos quais não existem hoje exemplares”, refere a AJA na biografia oficial do músico.
Autor de “Grândola, Vila Morena”, uma das canções escolhidas para senha do avanço das tropas, na Revolução de Abril de 1974, José Afonso morreu em 23 de fevereiro de 1987, em Setúbal, de esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada cinco anos antes.