Um grupo de investigadores do Centro de Estudos de Doenças Crónicas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, identificaram um grupo de proteínas que está na origem da reparação de células.
"Quando o complexo [proteico] existe, a reparação do dano [na célula] ocorre naturalmente", explicou à agência Lusa uma das cientistas, Otília Vieira.
O dano é um “furo” ou “poro” instalado na membrana da célula por um agente patogénico, como é o caso da bactéria da tuberculose.
Este “escudo” de proteínas torna as bactérias, como por exemplo a da tuberculose, menos virulenta e agressiva, pelo que não provoca uma infecção tão grave. Em caso contrário, a infecção torna-se mais grave, o que origina uma “tuberculose fulminante”, explica a cientista.
A equipa de cientistas acredita que as proteínas agora identificadas, que reparam os danos na célula, podem dar pistas para possíveis estudos de novos tratamentos contra a tuberculose ou doenças crónicas.
Otília Vieira explica que os danos na membrana celular e os mecanismos de reparação, também ocorrem nas células do músculo-esquelético e dos neurónios.
Para este estudo os cientistas usaram culturas de células humanas, nomeadamente especialistas na defesa do organismo contra microrganismos como as bactérias.
O estudo foi publicado na revista "Journal of Cell Biology" e contou com a colaboração da Universidade de Coimbra e da Harvard Medical School, nos Estados Unidos.