Uma mulher alemã vai ser indiciada por ter viajado para a Síria, em 2015, para se juntar ao Estado Islâmico.
Identificada apenas como Leonora M., a mulher vai ter de responder em tribunal por ter pertencido a um grupo terrorista e por cumplicidade com um crime contra a humanidade.
O Ministério Público da Alemanha diz que quando ela chegou à Alemanha tornou-se a terceira mulher de um jihadista e, nessa capacidade, auxiliou as suas atividades terroristas, gerindo a casa e ajudando-o a conseguir um emprego nos serviços secretos do Estado Islâmico.
Leonora terá trabalhado num hospital, onde aproveitava a convivência com outras esposas de militantes para reunir informações para os mesmos serviços secretos.
Mais concretamente, a ex-membro do Estado Islâmico é acusada de ter sido cúmplice do marido quando este comprou uma mulher yezidi, e os seus dois filhos, como escravos. Leonora ajudou a cuidar dos três, com o objetivo de serem revendidos, com lucro, o que acabou por acontecer.
Quando o Estado Islâmico foi derrotado territorialmente no nordeste da Síria, em 2018, Leonora acabou por se entregar às forças curdas, que combateram o grupo terrorista, com o apoio dos Estados Unidos.
Este é o mais recente caso de uma ex-militante do Estado Islâmico a ser levada a tribunal por pertença ao grupo terrorista na Síria e no Iraque.