Mais de mil pessoas juntaram-se à Deco para reclamar o fim da cobrança de comissões pelas transferências do serviço MBWay, que a partir desta quinta-feira aumentaram para 1,20 euros para os clientes do BPI.
“Já temos mais de 1.000 reclamações” de clientes bancários que se sentem lesados com a cobrança de comissões, disse à Lusa fonte da associação de defesa dos consumidores Deco, no dia em que o banco BPI começou a cobrar comissões pelas transferências MBWay.
Há dois dias, a 30 de abril, numa nota à imprensa, a associação anunciou estar a preparar uma reclamação, em nome dos consumidores, para entregar ao Banco de Portugal a exigir uma “limitação dos custos associados a todas as formas de pagamento e transferências” pelos consumidores.
“Cabe ao Banco de Portugal limitar os encargos aplicados às transferências feitas através do MBWay, já que é esta instituição que valida os preçários dos bancos”, afirma a Deco.
A Deco defende que aplicar comissões ao MBWay, que replica a utilização do Multibanco, "contraria os seus princípios básicos”, razão pela qual defende que a cobrança de comissões não deve ultrapassar os limites dos custos imputados aos comerciantes para pagamentos com cartões (0,2% para os cartões de débito e 0,3% para cartões de crédito).
Com o objetivo de transmitir ao Banco de Portugal o impacto da cobrança de comissões para os utilizadores, a Deco apelou a reclamações dos consumidores, que em menos de dois dias atingiram as mil.
O BPI foi o primeiro banco a cobrar pelas operações na aplicação MBWay, tendo a partir de hoje aumentado as comissões de 16 cêntimos para 1,20 euros.
A Deco disponibiliza no seu ‘site’ um formulário de reclamação dos consumidores junto do regulador.