A Procuradora-Geral da República decidiu manter o prazo para terminar a investigação ao processo da "Operação Marquês" que envolve o antigo primeiro-ministro José Sócrates. Até meio de Março de 2017, a justiça terá de ou deduzir acusação ou arquivar o caso.
Em resposta enviada à Renascença, fonte oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR) refere que procuradora Joana Marques Vidal "foi informada pela equipa de magistrados afecta à investigação do ponto de situação do processo, tendo, assim, obtido uma informação pormenorizada e devidamente fundamentada relativamente ao estado do inquérito".
“Esta informação substituiu o relatório inicialmente previsto", acrescenta a nota.
“Face à informação recolhida, a Procuradora-Geral da República entende não se justificar qualquer reponderação do prazo estabelecido”, remata.
A conclusão da investigação relacionada com a "Operação Marquês" ficou agendada para Março de 2017, depois de em Setembro a PGR ter concedido mais 180 dias (seis meses) para a "realização de todas as diligências de investigação consideradas imprescindíveis".
A Operação Marquês conta com 18 arguidos, incluindo o ex-primeiro ministro José Sócrates, que esteve preso preventivamente mais de nove meses, e que está indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para acto ilícito.
São ainda arguidos o ex-ministro socialista Armando Vara e a filha, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, João Perna, antigo motorista do ex-líder do PS, Paulo Lalanda de Castro, do grupo Octapharma, Inês do Rosário, mulher de Carlos Santos Silva, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro e o empresário luso-angolano Helder Bataglia.
O tempo que está a demorar a investigação a este caso tem sido uma das principais críticas da defesa dos arguidos.
[Notícia actualizada no dia 18 de Janeiro às 18h08]