Alzheimer, Parkinson e esclerose múltipla são três das doenças neuro-degenerativas que atingem cada vez mais pessoas. Têm muito em comum e aspectos específicos. O certo é que são poucos aqueles que as conhecem, são capazes de identificar sintomas e procurar ajuda, se necessário.
Esse foi um dos motivos que levou as delegações do Médio Tejo da Alzheimer Portugal, Associação de Doentes de Parkinson e Associação de Esclerose Múltipla a organizar o 1.º Encontro Nacional, que vai ter lugar na sexta-feira, dia 20, em Torres Novas.
Filipa Gomes, directora técnica do Núcleo do Ribatejo da Alzheimer Portugal, defende que é preciso aumentar a sensibilização para estas doenças, ver o que é preciso fazer ao nível da prevenção e da intervenção e, sobretudo, saber quantas pessoas é que realmente têm diagnóstico.
“Quando passamos nos centros e lares de idosos tomamos contacto com pessoas que têm sintomas de demência ou Parkinson mas, em muitos casos, não estão diagnosticadas e consequentemente, a ter o devido acompanhamento.”
Em Portugal há registo de cerca de 180 mil pessoas com demência – dois terços das quais com Alzheimer – e 20 mil com a doença de Parkinson, duas doenças ligadas ao envelhecimento. Mas a esclerose múltipla surge normalmente entre os 20 e os 40 anos. Há registo de oito mil casos mas, em relação a qualquer destas três doenças neuro-degenerativas, há a ideia de que o número de pessoas diagnosticadas é muito inferior ao real.
No encontro de Torres Novas, em que já estão inscritas cerca de 400 pessoas de todo o país, participam diversos especialistas, doentes, cuidadores, autarcas e jornalistas.