Ainda que não estando em forma tão exuberante como nos seus melhores tempos, o Presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, concedeu ontem uma interessante entrevista ao canal televisivo SIC, na qual procurou abordar os temas mais candentes da actualidade portista, deixando no entanto algumas dúvidas quanto ao seu futuro como entidade maior do principal clube nortenho.
Desde logo, ficou por se saber se Pinto da Costa será ou não candidato às próximas eleições que terão lugar no próximo mês de Abril. Tratava-se de uma curiosidade sobre a qual havia antes muitas dúvidas acerca de uma resposta afirmativa, dado haver ainda várias condicionantes que só serão esclarecidas no futuro, e após serem ultrapassados alguns problemas na colectividade que dirige.
Porém, parece não haver problemas quanto a essa possibilidade.
Presidente há 41 anos, Pinto da Costa vai certamente desejar manter-se no lugar, depois daquela que poderá vir a ser a sua derradeira propositura, embora seja entendível uma certa preocupação por constatar que vai ter pela frente um adversário de peso.
Depois, o comportamento da equipa de futebol na Liga dos Campeões, na qual mantém uma posição confortável, e em que deseja prosseguir, ainda por algum tempo mais.
Terminar o ano com capitais próprios positivos é igualmente outro objectivo dos responsáveis portistas.
No entanto, atendendo ao facto de, neste momento, menos de dois meses antes do fim do ano, esses capitais serem fortemente negativos, parece ser arriscado apostar nessa carta.
E ainda, a sonhada Academia da Maia, cujos projectos estão concluídos, estando por se saber em que data a obra terá início.
O Presidente portista abordou igualmente os lamentáveis incidentes registados na última assembleia geral do clube, deixando as responsabilidades da sua análise e de possível condenação para o conselho fiscal portistas e do Ministério Público, em data ainda por definir.
Aqui, Pinto da Costa poderia ter sido mais contundente para com os comportamentos selváticos que se registaram no Dragão Arena, e que vieram a constituir-se como a noite mais negra do historial portista.