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Este domingo é dia de manifestação, em Lisboa, em defesa dos colégios com contrato de associação. São esperadas mais de 20 mil pessoas na iniciativa promovida pelo movimento “Defesa da Escola Ponto”.
O programa inclui, além da marcha e concentração, junto à Assembleia da República, vários momentos de música e dança.
A manifestação começa às 15h00 “na Avenida 24 de Julho, quando se inicia a Avenida D. Carlos. Iremos aí receber 20 ou 30 mil pessoas. Vai constituir uma grande manifestação de festa que terminará junto à Assembleia da República. E teremos uma manifestação certamente sui generis, desde grupos musicais, grupos de dança, desde cavaquinhos, tambores, etc.”, garante à Renascença o porta-voz do movimento, Manuel Bento.
A justificação é que, “sendo uma manifestação de repúdio e de revolta contra o que nos estão a fazer, também demonstra a festa e o vigor que são as nossas escolas”.
Todo o percurso será em tons de amarelo – a cor do protesto dos colégios, que deverá tomar conta das ruas.
O protesto conta com o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa, que tem 27 colégios com contrato de associação, dos quais 14 não vão poder abrir turmas de início de ciclo no próximo ano lectivo.
De todo o país, pais, alunos, professores organizaram-se para participar na manifestação em Lisboa. “As pessoas estão a organizar-se. Em cada escola com contrato de associação, os pais, alunos e professores estão a organizar-se desde autocarros, a um comboio, chamado de Liberdade”, afirma Manuel Bento.
De Braga a Lisboa pela liberdade de ensino
Já partiu de Braga, o comboio baptizado de “Liberdade”. Vai passar por Famalicão, Campanhã (Porto) e chegar a Santa Apolónia, em Lisboa, às 12h30.
“Hoje, esta manifestação geral quer mostrar ao Governo e ao país a razão que temos da importância da liberdade da educação”, diz uma professora do Externato Infante D. Henrique.
“Estamos convictos de que muita gente entende esta problemática e fomos surpreendidos com esta decisão do Governo, sem nenhuma negociação. A razão pode ser vencida, mas nunca deixa de ser razão, já dizia António Aleixo. E é isto que nos move”, acrescenta a docente, receosa pelo seu posto de trabalho.
De Braga seguem 300 pessoas para participar no protesto.