Francisco apelou esta quarta-feira à oração pela paz na Ucrânia, no dia em que se vive uma jornada mundial por esta intenção, convocada pelo próprio Papa.
"Por favor, nunca a guerra", pediu.
O santo padre falou dos sofrimentos do povo ucraniano ligados à segunda guerra mundial e lembrou que mais de cinco milhões de pessoas foram aniquiladas durante a guerra. "É um povo sofredor, sofreu a fome, tantas crueldades, e merece a paz.”
“Peçamos ao Senhor com insistência que aquela terra possa ver florescer a fraternidade e superar feridas, medos e divisões”, pediu Francisco, fazendo votos que “as orações e súplicas, que hoje se elevam ao Céu, toquem as mentes e os corações dos responsáveis na terra, para que façam prevalecer o diálogo, e o bem de todos seja colocado acima dos interesses particulares”.
“Rezemos pela paz com o Pai Nosso: é a oração dos filhos que se dirigem ao mesmo Pai, é a oração que nos faz irmãos, é a oração dos irmãos que imploram reconciliação e concórdia”.
A jornada de oração pela paz na Ucrânia foi convocada pelo Papa. Após a recitação da oração do ângelus, no passado domingo, Francisco disse aos milhares de fiéis presentes na Praça de São Pedro que estava a seguir “com preocupação o aumento das tensões que ameaçam infligir um novo golpe à paz, na Ucrânia e colocam em causa a segurança no continente europeu, com repercussões ainda mais vasta”.
"Aqueles que perseguem os seus objetivos à custa dos outros desprezam a sua própria vocação como seres humanos, porque somos todos irmãos criados", disse o pontífice.
Francisco pediu, depois, que todas as pessoas de boa vontade se unam ao seu apelo e “elevem orações a Deus omnipotente”.
“Por isso, e com preocupação, vistas as atuais tensões, proponho que a próxima quarta-feira, 26 de janeiro, seja uma jornada de oração pela paz.”
Em união com o Papa, também a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) apelou à participação de todas as dioceses e organismos católicos na jornada de oração.
A Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança, por exemplo, vai unir-se a todas as Dioceses do País num momento de oração, às 18h00, na Igreja da Memória, em Lisboa, e o Santuário de Fátima anunciou que, em todas as celebrações deste dia, se vai rezar “explicitamente pela paz”.