Lula da Silva promete punir militares envolvidos na invasão em Brasília
19-01-2023 - 05:45
 • Renascença com Lusa

O Presidente brasileiro aponta ainda falhas às forças de segurança por não terem advertido antecipadamente que haveria uma ameaça de ataque às sedes governamentais.

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, afirmou que os militares que participaram nos ataques às sedes dos três poderes em Brasília "serão punidos", numa entrevista à Globonews.

"Todos que a gente descobrir que participaram dos atos serão punidos. Terão que ser afastados das suas funções e vão responder perante a lei", frisou Lula da Silva, em entrevista à Globonews.

"O soldado, o coronel, o sargento, o tenente, o general, ele tem direito de voto, ele tem direito de escolher quem ele quiser para votar. Agora, como ele é um cargo de carreira, ele defende o estado brasileiro. Ele não é Exército do Lula, ele não é do Bolsonaro, não foi do Collor, não foi do Fernando Henrique Cardoso", afirmou o Presidente do Brasil.

O presidente brasileiro teceu ainda duras críticas as ações de inteligência das forças de segurança na sequência dos ataques de 08 de Janeiro por apoiantes radicais à sede dos três ramos do governo.

"Aqui não temos informações do exército, da polícia, da marinha... nenhuma das informações foi útil", disse Lula durante uma entrevista

Segundo o Presidente brasileiro, nenhuma das forças de segurança advertiu antecipadamente que haveria uma ameaça de ataque nesse domingo.

"E depois descubro que [a manifestação] tinha sido convocada há mais de uma semana nas redes sociais", disse.

Lula disse que se soubesse que centenas de pessoas tinham chegado a Brasília na sexta-feira anterior aos ataques não teria viajado".

No dia dos ataques ao edifício do Congresso, ao Supremo Tribunal e à Presidência, Lula não estava em Brasília, pois tinha viajado para o interior de São Paulo para visitar a cidade de Araraquara, afetada pelas inundações causadas pelas fortes chuvas no início do ano.

Na entrevista, o Presidente brasileiro insistiu que todos aqueles que participaram "devem ser condenados", pois caso contrário "a democracia não pode ser garantida".