João Alves, antigo internacional português e jogador do Benfica, considera que seria inaceitável um eventual regresso de Rafa Silva à seleção nacional, depois da renúncia do avançado encarnado.
Trinta e cinco vezes internacional AA, com três golos marcados - tantos quantos Rafa em 25 internacionalizações -, João Alves admite, em entrevista a Bola Branca, que não acredita, nem quer acreditar que Fernando Santos reintegrasse o avançado, de 29 anos.
"Nem é questão de ser provável ou improvável, acho que não seria correto. Quando estamos a falar da seleção nacional, estamos a falar da representação máxima do nosso país em termos futebolísticos. Aquilo que aconteceu foi algo de demasiado grave para que as coisas se alterassem. Iam alterar porquê, por alma de quem? Qual seria a razão?", questiona o antigo jogador, nestas declarações à Renascença.
Quem também não encontra razões para que haja uma reviravolta de última hora na nega de Rafa à seleção é o treinador do Benfica.
Esta terça-feira, em conferência de imprensa, Roger Schmidt salientou que o avançado, sendo um jogador experiente, não tomou a decisão de abandonar a seleção de ânimo leve e descartou o regresso no Mundial: "Portugal fará um grande torneio, mas, claramente, sem o Rafa."
"O Rafa decidiu, há umas semanas, que queria focar-se no Benfica e que não queria jogar mais pela seleção. Respeito a decisão dele. É claro que agora, com as exibições fantásticas que ele tem feito, as pessoas estão a discutir a decisão dele, mas acho que é uma decisão final", frisou.
No dia 19 de setembro, Rafa Silva anunciou a retirada da seleção nacional, por motivos "de foro pessoal". Na passada sexta-feira, no entanto, numa entrevista à Sport TV, Fernando Santos garantiu que a porta da seleção continua aberta para o jogador do Benfica.
"Sempre disse que a seleção está aberta para todos os jogadores. Quando cheguei, havia o caso do Tiago e do Ricardo Carvalho, que voltaram. Se me disserem que o Rafa gostaria de falar comigo, perguntaria a que horas e onde. É um jogador que vem comigo desde 2016, sempre foi selecionado", salientou o selecionador nacional.
João Alves considera que a porta deve manter-se fechada.