O setor da Defesa vai receber 1,1% das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), apurou a Renascença.
As Forças Armadas podem contar com uma fatia de 192 milhões de euros do bolo total de 16,6 mil milhões de euros dos dos fundos comunitários atribuídos a Portugal, no Programa de Recuperação e Resiliência.
São dados avançados à Renascença pelo Ministério de Helena Carreiras, que acrescenta que o dinheiro se destina a dois investimentos.
Um total de 112 milhões vão para o Centro de Operações de Defesa do Atlântico e Plataforma Naval. Na prática, trata-se de um navio tecnologicamente avançado, que inclui a “utilização de veículos não tripulados, novos materiais e inteligência artificial”.
Setenta milhões são para “meios aéreos de prevenção e combate a incêndios rurais”.
Na última semana, o Governo aprovou a proposta de Lei de Programação Militar (LPM), que prevê investir mais de cinco mil milhões até 2034. Este valor representa um aumento de 17,5% e fica, claramente, acima da verba canalizada pelo PRR.
Na semana passada, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, adiantou que 40% da verba aprovada pelo Governo no quadro da Lei de Programação Militar destina-se a manutenção de equipamentos das Forças Armadas.
No plano da “recuperação dos défices de manutenção, sustentação e modernização dos meios existentes”, a proposta prevê um investimento de 2.418 milhões de euros, que corresponde a 43% do total previsto no documento do Governo.