Na nota pastoral para celebrar a Semana Nacional da Educação Cristã, a Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé fala numa "aliança educativa para uma humanidade mais fraterna".
E, nesse sentido, afirma que "a necessidade de unir e conjugar esforços faz-se sentir de forma especial no campo educativo".
O documento recorda, a propósito, declarações do Papa no âmbito do encontro mundial que decorreu em outubro de 2020 intitulado "Reconstruir o pacto educativo global", em que Francisco reconhece que a pandemia "tornou ainda mais urgente o referido pacto educativo global", no sentido de empenhar "as famílias, as comunidades, as escolas e universidades, as instituições, as religiões, os governantes, a humanidade inteira na formação de pessoas maduras".
Por isso, este organismo episcopal defende que "este desafio da aliança educativa e da pedagogia sinodal interessa grandemente aos educadores cristãos. Em vez de cuidar apenas do seu grupo, precisam de ser promotores da 'aldeia global', integrando e conjugando a sua atividade com todas as forças envolvidas no processo educativo: família, escola, associações desportivas e culturais, catequese e atividades da paróquia, Educação Moral e Religiosa Católica, escola católica e outras".
Os bispos referem ainda que "a pandemia fez vir ao de cima a interdependência e a urgência de colaboração de todas as componentes sociais. Precisamos de caminhar para um novo modelo cultural que realce a solidariedade, o valor da transcendência, a liberdade e dignidade de todas as pessoas e a fraternidade social; um modelo que eduque para a capacidade de viver em relação com os outros e de cuidar da casa comum. São recomendações insistentes do Papa Francisco que um educador cristão não pode deixar de valorizar em ordem a encontrar caminhos novos para uma educação integral".
Esta Nota Pastoral destaca ainda três pontos no âmbito da educação cristã que "é necessário cuidar". São eles a equipa de catequistas que é chamada a tornar-se um fermento de vida comunitária e de sinodalidade.
Em segundo lugar, a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica que se desenvolve "no seio de uma comunidade educativa", comunidade essa em que todos os esforços dos diversos agentes educativos convergem para a formação dos alunos. Trata-se de uma disciplina "com um contributo muito relevante, na medida em que através do docente de EMRC, ajuda a construir laços" entre as diferentes partes envolvidas.
Um terceiro e último ponto sublinha que nas escolas católicas "todos os educadores são chamados a fazer o caminho juntos, interagindo, animando-se e apoiando-se no nobre serviço a uma educação integral e integrante".