A situação nos hospitais continua a agravar-se, não só nas urgências, mas também nos cuidados intensivos que começam a ficar lotados.
O Hospital do Espírito Santo em Évora indicou que as oito camas na UCI estão todas ocupadas principalmente devido a doenças respiratórias.
No Hospital de Abrantes, também já foi atingido o limite de internamentos em cuidados intensivos e 10 das 12 camas estão ocupadas com doentes com gripe A.
À Renascença, o presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública diz que a baixa cobertura vacinal e estirpes mais violentas de gripe podem estar por trás deste aumento de casos de doença grave e também do pico de mortalidade na semana do Natal.
"A cobertura vacinal é semelhante aos últimos anos, mas é insuficiente para o que a população precisava. As estirpes que circularam este ano levaram a que houvesse mais pessoas, com mais sintomas por mais tempo", indica.
O especialista deixa ainda um aviso: se a população ignorar os cuidados recomendados, a situação pode piorar com o regresso à escola e ao trabalho.
Gustavo Tato Borges explica que "se tudo correr dentro da normalidade", é de esperar a atenuação dos vírus na segunda semana de janeiro, mas avisa que se as pessoas não tiverem cuidados, poderá haver "um pico de doenças respiratórias em janeiro".