Costa reafirma que PRR vai “alterar o perfil da nossa economia”
14-02-2023 - 13:44
 • André Rodrigues , Rosário Silva

Durante a apresentação das Agendas Verdes para a Inovação Empresarial, o Primeiro-ministro pediu ainda mais ambição e menos desconfiança no Plano de Recuperação e Resiliência.

O Primeiro-ministro reafirmou esta terça-feira, no Porto, que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai conseguir alcançar o principal objetivo a que o Governo se propôs e, assim, “alterar o perfil da nossa economia”.

António Costa, acompanhado pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e pelo ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, falava na sessão de apresentação, na Fundação de Serralves, das Agendas Verdes para a Inovação Empresarial no âmbito do PRR em Movimento – Capitalização e Inovação Empresarial.

“Com a execução dessas agendas, vamos conseguir cumprir aquele objetivo que nos tínhamos proposto. Não meramente recuperarmos de uma situação em que estávamos em 2019, mas poder alterar o perfil da nossa economia”, salientou.

As Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial são investimentos do PRR, financiado pelos fundos europeus do principal instrumento extraordinário de resposta da União Europeia à pandemia, o Next Generation EU.

Até 2030, pretende-se que estas agendas contribuam de forma efetiva para o aumento das exportações de bens e serviços, bem como para o incremento do investimento em investigação e desenvolvimento e para a redução das emissões de CO2.

“Dos 53 consórcios faltam-nos assinar, dez dos contratos. Hoje, destes nove consórcios que assumiram aqui o seu compromisso, temos 245 novos produtos de serviços ou processos de maior valor acrescentado”, destacou.

“Se multiplicarmos isto pela totalidade das agendas”, sublinhou Costa, “conseguimos compreender o que isto vai representar em termos de crescimento do nosso Produto Interno Bruto (PIB)”.

Na apresentação das Agendas Verdes para a inovação empresarial, Costa pediu ainda mais ambição e menos desconfiança no PRR.

“Toda a gente tinha muito receio e diziam que isso de aproximar as empresas do sistema tecnológico, a transferência de conhecimento das universidades e dos politécnicos para as empresas, já todos ouvimos esses discursos, já se tentou inúmeras vezes, mas isso não acontece”, assegurou.

De acordo com o Primeiro-ministro, “as dúvidas eram tantas que a dotação inicial deste programa eram 980 milhões de euros. Felizmente, houve a previdência de reservar mais recursos para colocar nestas agendas”.

Assim, prosseguiu, “o PRR vai beneficiar um total de três mil milhões de euros que alavancam o investimento global de 7.700 milhões que são assegurados pelas empresas”.