O presidente russo, Vladimir Putin, determinou a suspensão de voos russos para o Egipto.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, garante que o Presidente pediu entretanto para que seja criado um plano para retirar do Egipto os cidadãos russos que estão no país. De acordo com a agência de turismo da Rússia, neste momento estão de férias no Egipto 45 mil cidadãos russos.
A decisão foi tomada depois de ganharem peso as suspeitas em torno da queda do avião com mais de duas centenas de pessoas a bordo na península do Sinai no passado sábado de manhã.
Vários países do ocidente admitem que a explosão de uma bomba possa ter derrubado o Airbus, outros optam por aguardar mais pormenores da investigação às causas do aparelho.
O aparelho, que fazia a ligação entre a estância turística egípcia de Sharm el-Sheikh e a cidade russa de São Petersburgo, despenhou-se no sábado no Sinai, matando todas as 224 pessoas a bordo.
Os militantes do Estado Islâmico que operam na península do Sinai, no Egipto, voltaram a reivindicar a autoria da queda do avião russo naquela região, no passado sábado.
Há anos que a Rússia se confronta com insurreições de teor jihadista nas suas repúblicas de maioria islâmica, mas Moscovo ficou ainda mais na mira dos movimentos fundamentalistas internacionais desde que começou a envolver-se mais directamente no conflito na Síria, apoiando o Governo na sua luta contra rebeldes, incluindo os que defendem a causa jihadista.
O Governo português também já desaconselhou, num aviso divulgado no Portal das Comunidades Portuguesas, quaisquer viagens a áreas fronteiriças com a Líbia e o Sudão, bem como ao norte da península egípcia do Sinai.