O bispo de Coimbra defende a necessidade de nos centrarmos no que é essencial. A mensagem de D. Virgílio do Nascimento Antunes foi deixada este domingo, na peregrinação da Junho, ao Santuário de Fátima.
Reconhecendo que “tão atormentados andamos pela voragem das ações quotidianas, dos pensamentos, das solicitações, dos ritmos da vida e das preocupações”, D. Virgílio defende que “precisamos de nos recentrar no essencial”.
Perante alguns milhares de peregrinos presentes nas celebrações da peregrinação de junho, o bispo afirmou que “essa ação de nos recentrarmos torna-se possível” em Fátima, porque “a peregrinação a este santuário favorece uma envolvência profundamente humana e religiosa, num quadro de interiorização e manifestação da fé em Deus”.
Peregrinar é ser humilde
Na Celebração da Palavra, D. Virgílio Antunes salientou a importância de nos tornarmos peregrinos.
Considerando que “ser peregrino é um ato de grande significado”, explicou que tal “supõe sempre o apelo a pôr-se a caminho, a querer ir mais longe”.
Por outro lado, “é sinal de humildade” pois “reforça a certeza da debilidade, da pobreza e até do pecado”.
Fátima acolhe alegrias e dramas do mundo
Para o bispo de Coimbra, “a Fátima chegam todas as alegrias do mundo, em ato de gratidão da multidão dos peregrinos”, mas também “todos os dramas e sofrimentos do mundo”.
E Fátima não deixa ninguém indiferente. “Mesmo quem chega com ar de observador ou espírito de simples visitante, pode acabar por tropeçar consigo mesmo e com as questões mais sensíveis que não resolveu”.
“Fátima é lugar em que afloram à mente e ao coração os sentimentos mais íntimos”, quer “os que estão bem resolvidos e são fonte de paz, quer os que estão mal resolvidos e provocam turbulências interiores", sublinhou.
O encontro pessoal com Jesus Cristo, em Fátima, “oferece-nos a graça para agradecermos tudo o que de bom recebemos e a fortaleza para acolhermos as realidades mais difíceis e dolorosas que as circunstâncias da vida nos trazem”, apontou D. Virgílio do Nascimento Antunes.