Migrantes. "Não podemos andar sempre com soluções ad-hoc"
14-08-2018 - 15:34

É o comissário europeu para a Migração quem o diz. Navio humanitário "Aquarius" está de novo à procura de um porto seguro para 141 pessoas. Portugal já acordou receber algumas.

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Depois de cinco países da União Europeia se terem disponibilizado para receber os 141 migrantes que se encontram a bordo do barco humanitário “Aquarius”, o comissário europeu para a Migração veio lançar um apelo.

“Não podemos confiar em acordos ‘ad-hoc’. Temos de ter soluções sustentáveis. A responsabilidade não é apenas de um ou poucos Estados-membros, mas da União Europeia no seu todo”, afirmou Dimitris Avramopoulos em comunicado.

Portugal é dos cinco países que se disponibilizou para receber os migrantes recolhidos pelo “Aquarius”, juntamente com França, Espanha, Alemanha e Luxemburgo. A informação foi avançada pelo ministro da Administração Interna.

“Haverá uma operação semelhante à que foi feita há um mês com o Lifeline”, anunciou Eduardo Cabrita esta terça-feira.

O Governo português concorda que “não podemos andar aqui de solução ‘ad hoc’ em solução ‘ad hoc’ sempre que um navio está à deriva no Mediterrâneo” e que é necessário “haver uma posição estável de nível europeu envolvendo todos”.

Desde junho que o “Aquarius” não resgatava ninguém. Na altura, esteve vários dias à deriva, com centenas de migrantes a bordo, à espera de poder atracar num porto europeu.

Operado pela SOS Mediterraneee e pelos Médicos Sem Fronteiras, o "Aquarius" transporta agora 141 pessoas resgatadas do mar na sexta-feira, perto da costa líbia.