O Programa de Apoio Especial ao Arrendamento recebeu mais de duas mil candidaturas, mas só chegou a 606 famílias. Quase metade dos pedidos (2.177) chumbou, na sequência de dificuldades criadas pela pandemia de Covid-19.
Os números são avançados na edição deste domingo do “Jornal de Notícias”, que cita o Ministério das Infraestruturas e da Habitação para dizer que cerca de 500 candidatos não eram elegíveis; mais de 550 processos foram considerados irregulares ou incompletos.
Entre as faltas de provas, a mais recorrente é a ausência de garantias de perdas de, pelo menos, 20% do rendimento. Os candidatos mostram também dificuldade em apresentar todos os comprovativos necessários sobre as rendas.
O Governo prometia uma resposta em oito dias a estes pedidos de ajuda, mas há 496 processos ainda por analisar.
O programa prevê um empréstimo, sem juros, para o pagamento das rendas em atraso, que começa a ser pago no próximo ano, pelo menos seis meses depois de ter sido concedido. É devolvido em 12 prestações.
Até agora, foram entregues pouco mais de 630 mil euros – menos de um terço do total dos empréstimos.
O Governo reconhece os atrasos, mas promete, em declarações ao JN, resolver os quase 500 casos pendentes até segunda-feira.