Mês novo, vida “nova”. A Guarda Nacional Republicana (GNR) de Avis tem “novas” instalações a partir de junho, depois de ter recebido ordem de despejo do edifício onde estava instalada há 15 anos.
A verdade é que, já há dois anos, o proprietário das instalações tinha avisado o Ministério da Administração Interna (MAI) que ou adquiria o espaço ou teria de o abandonar. A ordem de despejo acabou por chegar, dando à guarda até ao final de maio para abandonar as instalações.
Na iminência de ficar sem os homens da segurança, o município chegou-se à frente e acabou por ceder, a titulo provisório, as antigas instalações da autarquia, confiando na vontade entretanto manifestada pelo Governo de resolver em definitivo a situação.
“Tendo em conta o número de assaltos que acontecem no nosso concelho, não podíamos correr o risco de ficar sem os militares”, explicou à Renascença o presidente da Câmara Municipal de Avis, Nuno Silva, evidenciando a necessidade de “segurança para os munícipes”.
Para o autarca, esta é uma situação “caricata”, a avaliar pelo tempo e pelos Governos que já passaram, desde que o município cedeu, há 20 anos, um terreno para a construção de raiz de um novo quartel.
“Já várias forças politicas passaram pelo Governo e podiam ter resolvido a situação”, lembra Nuno Silva. “Sempre que há eleições somos uma prioridade, mas nada se faz. Espero que, desta vez, o quartel de Avis seja mesmo uma realidade.”
À Renascença, o presidente da autarquia diz que tem estado em contacto com o MAI, mas desconhece quando é que a obra poderá avançar. “O projeto está elaborado e a obra vai custar cerca de um milhão de euros”, adianta Nuno Silva.