Turquia detém nove suspeitos de prepararem ataque suicida
04-11-2015 - 06:52

Detidos serão membros do grupo terrorista Estado Islâmico.

Nove alegados membros do Estado Islâmico foram detidos esta quarta-feira na Turquia. As autoridades suspeitam que os indivíduos estavam a preparar um ataque suicida contra gabinetes dos partidos políticos em Istambul.

Dois dos suspeitos foram detidos depois de uma breve perseguição automóvel, na cidade de Gaziantep, sudeste da Turquia, enquanto os restantes sete foram apanhados em vários raides policiais.

A notícia é divulgada esta quarta-feira através de um comunicado oficial com data de terça.

“Os elementos foram apanhados e apreendidos veículos, granadas, explosivos e armas que iam utilizar no ataque. Conseguiu-se evitar atentados sangrentos destinados a criar uma atmosfera de caos e medo antes das eleições legislativas”, diz o documento. As eleições foram no domingo e o partido AK, do Presidente Erdogan, recuperou a maioria parlamentar.

A Turquia tem em curso uma batalha contra militantes do Estado Islâmico na Síria e Tayyip Erdogan já afirmou que as operações contra estes terroristas e os militantes curdos vão continuar.

Na semana passada, as autoridades turcas afirmaram haver fortes evidências de que uma célula do Estado Islâmico em Gaziantep levou a cabo uma série de explosões que culminaram no duplo atentado suicida em Ancara, no qual morreram mais de 100 pessoas.

A Turquia já pediu ajuda à NATO para combater o grupo terrorista.

Em Espanha, na terça-feira, foram detidas três pessoas suspeitas de fazerem parte de um grupo com ligações ao Estado Islâmico. Os “suspeitos estariam dispostos a cometer actos terroristas a qualquer momento”, segundo fonte ligada à investigação citada pelo jornal “El País”.

Em algumas das conversas interceptadas pelas autoridades, os suspeitos falavam de levar a cabo uma acção em Espanha e, segundo o ministro espanhol da Administração Interna, Fernando Garea, ao contrário de outros detidos que se limitavam a recrutar pessoas para as fileiras do Estado Islâmico, os três homens agora detidos “estavam a prepara-se para cometer atentados” e tinham “acesso a armas”.